Curupira

Ó, já vou logo avisando: esse treco de Halloween pra cima de mim, não! Sei que ainda falta um tempo para que comecem a macaquear novamente e pensar que somos bacaninhas só porque enrolamos a língua como os gringos, as meninas usam chapéu pontiagudo igual ao das bruxas lá dos EUA e fazer da abóbora moranga uma lanterna com cara de monstrengo. Abóbora, por aqui, é pra fazer doce junto com coco, que por sinal é um dos meus preferidos.

Antes de ficarmos macaqueando, e neste ponto los hermanos estão corretos, somos macaquitos mesmo. Acho que deveríamos dar uma olhadinha, pedir para que nos contem, ir aos livros – um hábito saudável – e conhecer um pouco mais o nosso folclore

Podemos até aproveitar esses tempos de aquecimento global e preocupação com a ecologia para revisitar. Sim, isso mesmo, revisitar a história do Curupira. Aquele curumim de cabelos vermelhos, pés virados para trás e que protege a floresta e os animais. Não seria bacana, em vez de ficar com essas baboseiras de Ralôuin, fazer uma festa para que as crianças voltem a cantar cantigas de roda? Quem, dentre vós, não soube do Saci, da Mula Sem Cabeça, Iara, Boitatá e outros mais? Quem, dentre vós, não brincou de roda? Quem nunca brincou não teve infância!

Atenção: O curupira não é duende ecológico, como eu já vi em alguns lugares. Continuamos com esta mania de querer que leprenchauns e outros monstrengos que falam inglês façam parte de nossa cultura. Vamos parar com isso, né?

Também indico um site bacana sobre a cultura popular brasileira e o folclore, que é o Jangada Brasil. Vale a pena conferir.

Vamos ver um filme feito bem bacana sobre este personagem.