Depois de alguns anos, percebendo o quanto precisamos dos alunos para nos sentirmos motivados, escrevi um pequeno texto onde comparava o professor ao personagem Carlitos, do Charles Chaplin. Fazemos da sala de aula a nossa ribalta e de certa forma, mendigamos a atenção dos alunos. Sorrimos quando há adversidades de toda ordem. Mesmo doentes nos sentimos instados a ir dar aula. Nossos sapatos nem sempre são os mais belos, mas nos fazem caminhar na direção certa e a nossa bengala, onde nos apoiamos, mesmo que seja uma bengala de bambu bem fino, é o conteúdo da matéria que estudamos. Sim, fazemos caretas para diverti-los e até os afagamos quando nos parecem desamparados por não conhecerem ou terem dificuldades com o que tentamos lhes ensinar. Como no filme “O Garoto”, impedimos que caiam no lado ruim da vida, ou tentamos impedir isto.
Também tentamos fazê-los ver que a vida é melhor se tivermos consciência de nós mesmos. Também sabemos ser duros; porém, ternos como quando Carlitos dá um chute nos fundilhos de alguém. No final, como em todos os filmes do Carlitos, a tela se fecha e nós ficamos sós, seguindo um caminho tendo a certeza que a missão foi cumprida. Se não foi apenas com a matéria que tentamos lecionar, mas com as nossas experiências de vida, que também adquirimos com eles. De costas a tela escurece e sabemos que preparamos o caminho para eles, os alunos, e seguimos o nosso até encontrar uma nova turma que nos faça novamente ter na sala de aula a ribalta e possamos ser seres humanos e representar o papel de professores.
Também tentamos fazê-los ver que a vida é melhor se tivermos consciência de nós mesmos. Também sabemos ser duros; porém, ternos como quando Carlitos dá um chute nos fundilhos de alguém. No final, como em todos os filmes do Carlitos, a tela se fecha e nós ficamos sós, seguindo um caminho tendo a certeza que a missão foi cumprida. Se não foi apenas com a matéria que tentamos lecionar, mas com as nossas experiências de vida, que também adquirimos com eles. De costas a tela escurece e sabemos que preparamos o caminho para eles, os alunos, e seguimos o nosso até encontrar uma nova turma que nos faça novamente ter na sala de aula a ribalta e possamos ser seres humanos e representar o papel de professores.
(J.A. – 2004)